Agora, na vida adulta, carrega bandeiras e... cuecas... na privacidade da sua casa.
“Apanhar cueca suja que o marido deixa no chão é um aprendizado de paciência e dedicação " (Maria Mariana) |
Sua entrevista para a revista Época foi tão boa, tão boa que eu deveria copiá-la e fazer um post só com ela, mas tenho que deixar o link AQUI para poder ganhar tempo.
Bom, resumindo, concordo com Maria Mariana em tudo. Com exceção, talvez, do lance de Deus.
Também sou uma "personal catadora de cueca" e tenho orgulho disso. Bato no peito e assumo que adoro ser uma dona de casa passiva, amorosa e dedicada. Acho que assim tudo fica mais correto, mais sereno, como se houvesse um chamado interno exigindo a compreensão incondicional e graciosa ao ranço machista. Como se brotasse uma alegria estranha ao declarar publicamente o meu apego insandecido ao lar.
Sério, percebo que quando a gente se submete a pegar a cueca do chão, uma paz se declara dentro de casa e tudo fica óbvio e sossegado.
Como se estivéssemos mesmo cumprindo um papel divino...
Mas nada é tão simples. Existe um dilpoma na gaveta clamando por respeito e uma pilha de sutiãs queimados exigindo retratação.
Antigamente a coisa era mais simplona e, diz a lenda, que a família era mais tranquila.
-Com pênis? Não lava a louça.
-Sem pênis? Lava a louça. E seca. E guarda.
Mas como não há mais empregos bom para todos os homens do planeta, o casal precisou sair de casa para sustentar os luxos que a vida exige.
E foi aí que a coisa desandou!
Se os dois trabalham o dia todo, a mulher se sente usada e abusada ao ter que catar uma cueca. Não faz mas isso com "paciência e dedicação" mas ódio e nojo. Se os dois trabalham o dia todo não tem justificativa dela ter que ajudar a molecada com a lição de casa enquanto ele assiste o Jornal Nacional no sofá.
Não que alguma coisa tenha mudado dentro de casa! Não!!! Hoje em dia ainda é óbvio que as mulheres devem lavar a louça (trabalhando ou não fora de casa), com a diferença que agora se sentem usadas e ofendidas. Como se lavar uma louça fosse algo ultrajante. Não é não! E catar cueca também não! Mas sobrecarregaram a gente de obrigações e aí tudo vem em demasia.
E tudo fica chato e irritante.
Eu trabalho bem menos do que poderia (ou deveria?), mas gosto de ser dona de casa e adoro fazer todos os dias um lanche diferente para as crianças, uma sobremesa especial, arrumar a casa de um jeito bacana, massagem no marido, deixar a cozinha limpíssima antes de dormir... frescurinhas de uma doméstica.
E sabe o que é mais legal? Acho que isso não faz de mim (ou da Maria Mariana) uma mulher menos inteligente, ou capaz, ou bonita ou importante.
Eu diria que até tem um lado... sexy!
Mas nem todo mundo acha isso bonito.
Roubando a brincadeira irritante do Facebook, aqui vai:
Como eu me sinto:
Como o meu marido me vê:
Como a sociedade me vê:
Como a minha empregada me vê:
Como eu gostaria de ser vista:
Como eu sou de verdade:
-Mãe, acabei o cocô!!!! -To indo filho, só um pouquinho. |
Hahahah!!! Eu disse que além de dona de casa eu tenho um blog?
Putz... Deus deve estar me odiando neste exato momento.
Ai, ai...tava com saudades do meu tempo para ler teu blog, minha loira querida. Que bom poder sentar aqui no silêncio da noite e te apreciar quietinha!!! Saudades, minha neguinha. Vem logo!!
ResponderExcluirps. adorei o post, mesmo tendo que discordar de algumas coisinhas...rsss...como sempre! ;)
Voce cada dia mais a vontade !!! Gosto muito disto ! Puro deleite.
ResponderExcluirAh... Deus deve estar te abençoando pelo seu "apego insandecido ao lar ".
Beijos Cecilia
ooi gente tudo bem com vcs?
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