Não! Hoje o assunto é bacana, mas agora estou pensando em outro tripé... desculpa aí.
Muito se fala em Freud, Jung e a galera das antigas, mas eu adoro muito um teórico da Psicologia que enriqueceu minha vida pessoal e profissional com o que eu apelidei de "A Teoria do Tripé".
Chama-se Tom Andersen. Está velho, mas vivo, e mora na Noruega.
E este cara diz o seguinte (Vou traduzir para a linguagem leiga, ok? Nem tudo é tão óbvio e simples):
A vida de todos é regida por um tripé, formado pelo PENSAR, AGIR e SENTIR. Eles trabalham juntos para fazerem a gente tomar decisões e se comportar no mundo. Mas... sempre tem um "pé" que é mais curto, capenga. E é justamente este "pé" deficiente o motivo do sofrimento trazido pelas pessoas em terapia e também é ele que precisa ser fortalecido para que a cura terapêutica possa ocorrer.
Ou seja, a cura está na falha, na sombra, naquilo que não exercitamos.
Para Tom Andersen a falha no tripé pode provocar 3 situações:
- Tem gente que age muito, sente muito, mas não pensa.
-Por quê você se separou?
-Ah, porque me deu uma "coisa" e eu achei que devia.
Barato Total (G. Gil)
Quando a gente tá contente
Tanto faz o quente, tanto faz o frio, tanto faz
Que eu me esqueça do meu compromisso
Com isso ou aquilo que aconteceu dez minutos atrás
(...)
Tanto faz o quente, tanto faz o frio, tanto faz
Que eu me esqueça do meu compromisso
Com isso ou aquilo que aconteceu dez minutos atrás
(...)
Quando a gente tá contente
Nem pensa que está contente
Nem pensar que está contente a gente quer
Nem pensar a gente quer, a gente quer
A gente quer, a gente quer é viver
Nem pensa que está contente
Nem pensar que está contente a gente quer
Nem pensar a gente quer, a gente quer
A gente quer, a gente quer é viver
Uma pessoa dessa quando vai para a terapia deve trabalhar bastante a parte do pensamento porque é nele que está a solução para estas paixões desenfreadas. O pensamento será o salvador, diminuindo a potência deste motor sentimentalóide que a leva a agir indiscriminadamente. Ele pode até coninuar agindo, mas precisa entender as razões.
Ao chegar na terapia, a pessoa vai querer chorar, pintar, colorir, contar mil histórias de mil brigas, mas, seja duro!! Fique firme na argumentação teórica querendo entender tim-tim por tim-tim porque foi que ela agiu desta ou daquela forma.
Ajude-a a construir o caminho do pensamento racional. Dá um trabalho danado!
- Tem gente que pensa muito, sente muito, mas não age.
Estas são as frases usadas por este segundo tipo de gente. Em geral muito bem argumentadas, cheias de explicações dos prós de dos contras em ficar ou sair, cheias de choros e lamentações, mas... sem nenhuma ação.
A pessoa está paralisada nos seus pensamentos, afogada por sentimentos petrificantes, e sofre demais por não conseguir agir. Se sente fraca e incapaz.
O que será, que será?
Que vive nas idéias desses amantes
Que cantam os poetas mais delirantes
Que juram os profetas embriagados
Que está na romaria dos mutilados
Que está na fantasia dos infelizes
Que está no dia a dia das meretrizes
No plano dos bandidos dos desvalidos
Em todos os sentidos...
Que vive nas idéias desses amantes
Que cantam os poetas mais delirantes
Que juram os profetas embriagados
Que está na romaria dos mutilados
Que está na fantasia dos infelizes
Que está no dia a dia das meretrizes
No plano dos bandidos dos desvalidos
Em todos os sentidos...
Será, que será?
O que não tem decência nem nunca terá
O que não tem censura nem nunca terá
O que não faz sentido...
O que não tem decência nem nunca terá
O que não tem censura nem nunca terá
O que não faz sentido...
Eu penso, ajo e sinto...
ResponderExcluirAh... faço terapia também! :)
Beijo Clau!
Seu blog é uma delícia!
ResponderExcluirTatiana, delícia é ouvir isso de alguém que não me conhece pessoalmente. Sim, porque os elogios dos amigos são sempre suspeitos...
ResponderExcluirObrigada!